entremundos

o mundo se divide entre as coisas que são boas e as coisas que a gente tem de fazer. coisa boa é fazer música, escrever, improvisar, mas a gente tem que viver. e viver é do tempo, quer dizer, do minuto e do segundo... mas quem cria vê o tempo passar sem passar, sabe que ele passa, mas sabe que não se mede como se anda medindo. o tempo da vida se mede pelas coisas que são boas e não pelo que se tem de fazer. hedonismo? não, não sei, esquece a teoria, vamos ao bar discutir isso, mas sem esquecer. não vamos ao bar pra esquecer, combinado? vamos ao bar pra ver que o dia não se mediu em minutos e segundos. deixa a hora passar pra quando a hora chegar você ir embora. ela vai chegar... pára de olhar o relógio. pra que ter de olhar o relógido pra seguir em frente? é... não sabemos (mais) quando a hora chega. então precisamos olhar o relógio, que mede o tempo do jeito errado. deixa a hora chegar. mas pra isso, sente que a vida não se mede em segundos, minutos ou horas. deixa, que a hora chega. o importante é criar, criar sempre. nem precisa ser arte. (nem precisa ser assim uma brastemp duma arte), mas criar um "momento", pra descriar a importância do segundo e do minuto. cria esse momento, mas deixa que ele siga seu rumo. interfere só o necessário, só o que precisa. ri. e não vai ao bar pra esquecer , pra bancar a hiena. ri alto e pra todo mundo, mas ri principalmente pra vc. que o que importa é o que vc cria nesse momento em que ri. se precisar chorar, chora, mas não chora no bar pra todo mundo ver... e se tiver de chorar, não tenha medo de ir ao bar, onde todo mundo vai ver ver, só não vá ao bar pra chorar. esquece a teoria, não faz isso não, não pensa nos males do mundo e em tudo o que os filósofos disseram... esquece essa de se analisar de acordo com freud ou jung, que freud, jung e os males do mundo já foram criados, criaram-se a si mesmos, mas agora quem precisa (se) criar é vc. Cria, que o mundo te cria bem.